quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A biblioteca vai ao restaurante

No país em que menos de 8% da população brasileira compra livros, conforme divulgado neste site, como uma iniciativa do Quintana Café & Restaurante em Curitiba é louvável do ponto de vista da cultura e do incentivo a leitura.
Do ponto de vista dos, uma iniciativa nos negócios estimula um refletir sobre o que é inovação.
 Quando pensamos em inovação vêm logo à cabeça os produtos de alta tecnologia, os altos investimentos em pesquisa e Gênios desvendando coisas completamente mirabolantes e jamais imaginadas.
Pode ser que seja isso inovação, mas também é a criação de processos diferenciados a partir de ideias simples e criativas como as implementadas pelo Quintana Café & Restaurante, em Curitiba.
 O Quintana, como o nome sugere, é um café e restaurante inspirado na poesia, na literatura e, é claro, nenhum escritor gaúcho Mario Quintana. Lá a literatura ea gastronomia convivem em harmonia. Um dos sócios, editor literário, abriu sua biblioteca particular para os clientes, que pueden folhear ou ler os livros no próprio restaurante e até levá-los para casa como empréstimo. E o mais incrível, Preenchendo uma simples ficha com telefone e e-mail, os clientes trazem e levam honestamente os livros emprestados.
Enquanto comem os clientes apreciam artistas locais recitarem poemas além ou contando estórias, de poderem ouvir uma boa música ao vivo, variando o estilo a cada dia da semana.
 Pelo lado da gastronomia, também ele não deixa para menos, localizado numa área nobre da cidade, cultiva nos seus jardins todos temperinhos Aqueles que dão cheiro e sabor à comida: manjericão, alecrim, sálvia, etc
 Ao degustar uma comida a sensação é de estar saboreando o frescor daqueles Horta da temperinhos, vistos do interior que Conduz ao corredor do restaurante.
 O exemplo desse Empreendimento mostra que idéias simples e cuidados com os detalhes transformam um negócio ordinário num Empreendimento diferenciado e de extraordinária delicadeza.

Fote: http://www.sidneyrezende.com/noticia/65659+a+biblioteca+vai+ao+restaurante

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SECIN

Na semana para dia 23 a 25 de novembro de 2009, começa o Seminário Secin em Ciência da Informação. O evento terá como tema central as relações em rede e as novas dinâmicas que privilegiam uma produção coletiva em substituição às formas de comunicação unidirecionais e de Mediação da Informação, que fazem emergir novos métodos para uma organização e alternativas para o compartilhamento da informação.

Fonte: http://www2.uel.br/eventos/secin/

domingo, 22 de novembro de 2009

Bibliotecas virtuais no mundo

Bibliotecas virtuais

As Bibliotecas Virtuais são coleções organizadas de documentos eletrônicos, onde cada fonte de informação possui dois atributos relacionados: os relativos ao seu conteúdo e os que identificam de forma descritiva o documento.
As Bibliotecas Virtuais Temáticas são coleções referenciais que reúnem e organizam informações, presentes na Internet, sobre determinadas áreas do conhecimento. Elas são desenvolvidas por meio da parceria do IBICT com Instituições que desejam organizar e difundir seus conteúdos temáticos no ambiente / web


Fonte: http://prossiga.ibict.br/bibliotecas/

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ACESSO A BIBLIOTECAS REDUZ EVASÃO ESCOLAR, CONFIRMA PESQUISA DO IPEA

RIO - Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Instituto Ecofuturo, em 2007, avaliou o impacto do Projeto Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso, mostrando que a implantação de 55 unidades levou à redução, nesses lugares, de 0,6% do índice de evasão escolar.



- Ter menos de 0,6% é quase um ponto adicional de redução e estamos otimistas com relação à taxa de evasão escolar - salientou a pesquisadora do Ipea, Mirela Carvalho.



O estudo foi mencionado pela pesquisadora durante o seminário "Expansão do acesso à leitura: integração entre ações públicas e privadas", realizado nesta quarta-feira. De acordo com Mirela, a pesquisa avaliou como as bibliotecas poderiam influir, por exemplo, na aprovação e reprovação de alunos e no abandono da escola. Foram implantadas 80 bibliotecas em nove estados, pelo projeto realizado pelo Ecofuturo em parceria com a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).



O estudo sugere premiar as melhores bibliotecas e criar um sistema de capacitação continuada de bibliotecários. Promover troca de experiências entre bibliotecas sobre planejamento, gestão e realização de atividades de apoio e incentivo à leitura também estão entre as sugestões levantadas pela pesquisa.

Fonte: http://www.ofaj.com.br/noticias_conteudo.php?cod=204

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E-books

Um dos aspectos interessantes do e-book é que ele não delimita só em imagens e textos, mas também podem conter elementos multimídia como músicas, animação. Normalmente a pagina principal apresenta um índice dos temas que vão ser tratados no livro eletrônico, de forma que pode ser lido de linearmente.

E-books

Cientistas: leitores 2.0

Sofia Moutinho e Bernardo Esteves



Técnicas de busca e indexação da informação permitem a leitura de mais artigos em menos tempo



Na era da web 2.0, os cientistas estão lendo mais artigos científicos, sem precisar gastar mais tempo com essa tarefa. As responsáveis por isso são as novas técnicas de busca, indexação e recuperação de informação das publicações digitais. O diagnóstico é de dois cientistas da informação da Universidade de Illinois (EUA), que apostam que essa tendência vai se acentuar ainda mais nos próximos anos.



As novas ferramentas de publicação científica permitem que os cientistas sejam mais seletivos, filtrem melhor as informações relevantes e desenvolvam estratégias mais eficientes de leitura. A conclusão é de Allen Renear e Carole Palmer, que discutem essa tendência em artigo da Science desta semana.



Ler vários artigos simultaneamente e lançar mão de outros recursos para maximizar a leitura já eram um hábito na rotina dos cientistas. A diferença, apontam os autores, é o uso em ampla escala de ferramentas próprias do ambiente digital, aliada à tendência das publicações científicas de construir redes hipertextuais de artigos.



O impacto disso sobre o cotidiano dos pesquisadores é palpável. De acordo com dados citados pelos autores, o número de artigos lidos por cientista em 2005 era cerca de 50% maior do que no início dos anos 1990, sem que o tempo de leitura tenha aumentado. Na verdade, o tempo gasto para ler cada artigo diminuiu drasticamente: entre o final dos anos 1970 e meados dos anos 1990, a média era de quase 50 minutos; desde então, ela é de pouco menos de meia hora.



A seletividade é uma das características essenciais da nova leitura on-line. Para os pesquisadores 2.0, ler é também editar. "No meio digital, os cientistas podem identificar os segmentos de texto mais relevantes para eles de forma mais eficiente", explica Carole Palmer à CH On-line. "Hoje eles usam seu tempo na leitura desses segmentos e não no texto como um todo."



Revolução

Os autores situam no fim dos anos 1990 o que eles não hesitam em qualificar como revolução na forma de ler e publicar artigos científicos. Entre os responsáveis por isso está a linguagem XML (sigla em inglês para "linguagem de marcação extensível", em tradução livre), que permite a criação de documentos com uma organização hierárquica dos dados e tornou possível a criação de bancos de dados científicos interligados na internet.



Desde então, o uso de ferramentas de busca especializadas, bancos de dados e repositórios de artigos científicos virou rotina na vida dos cientistas. Bancos de artigos como o MedLine ou PubMed permitem encontrar artigos específicos com grande agilidade e têm ferramentas que possibilitam, com poucos cliques, checar as referências bibliográficas ou ler artigos similares com as mesmas palavras-chave, autores ou instituições.



Renear e Palmer acreditam que, na próxima década, os cientistas mudarão a narrativa de seus artigos em função dos recursos da internet e que as suas estratégias de leitura serão ainda mais desenvolvidas. Os textos da rede, apostam eles, tendem a ser cada vez mais repletos de links gerados automaticamente ou pelos próprios usuários.



"Já há muitas narrativas diferentes em blogs, por exemplo, e creio que virão outras mudanças moldadas pelas tecnologias de leitura", prevê Palmer. "É o momento certo para que autores e editores inovem."



Novos hábitos de leitura no Brasil

Para entender como os cientistas brasileiros estão vivenciando essa mudança nos hábitos de leitura e publicação de artigos, a CH On-Line ouviu alguns de seus colunistas e ex-colunistas, pesquisadores de diferentes áreas e gerações. Eles reconhecem que estão lendo cada vez mais artigos.



"Leio um número maior de artigos do que há 10 anos, ainda que o número de horas disponíveis para isso naturalmente não possa crescer no mesmo ritmo da acessibilidade", atesta a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, de 36 anos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Gosto muito da disponibilidade instantânea de artigos novos, mas aprecio enormemente a rapidez de acesso também a publicações mais antigas, que consulto muito on-line."



Os pesquisadores que ouvimos confirmam também uma maior seletividade ao lidar com um volume maior de informação. "Leio muito mais, mas de maneira mais diagonal", conta o físico Adilson de Oliveira, 42 anos, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). "Com a internet, recebo a lista de artigos publicados nas principais revistas do meu interesse e, em função do título, leio o artigo inteiro."



Mas nem todos os pesquisadores ouvidos apontaram mudanças na forma como leem os artigos. "A internet afetou a quantidade de artigos de que tomo conhecimento, mas não a forma como os leio", pondera o físico Carlos Alberto dos Santos, 62 anos, professor aposentado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "Continuo lendo apenas os artigos que atendem às minhas necessidades bibliográficas, que imprimo e leio no papel."



Já o geneticista Sergio Danilo Pena, 61 anos, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, aponta a agilidade como principal diferencial da digitalização dos periódicos. "Com a internet tenho acesso às publicações com muito maior rapidez. Antes, eu pedia separatas dos artigos, que demoravam meses para chegar. Hoje o acesso é instantâneo, leio os artigos assim que são publicados."

Fonte: http://www.ofaj.com.br/noticias_conteudo.php?cod=197

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Revistas que podem ser consultadas na internet:

REVISTA DA USP
Em comemoração dos 20 anos da publicação, a Revista da USP número 80 dedica seu espaço às bibliotecas digitais e virtuais.

CRB-8 DIGITAL
A edição de maio de 2009 apresenta 6 artigos relativos às bibliotecas públicas com apresentação de alguns cases interessantes.

REVISTA DOCUMENTACIÓN
Essa publicação latina-espanhola traz em sua última edição artigos sobre tecnologias de informação e comunicação, normas arquivísticas e gestão do conhecimento.

DATAGRAMAZERO
Essa popular revista da área de biblioteconomia apresenta um cardápio de textos bem variados no seu número lançado em Abril: catalogação em bibliotecas universitárias, Hermeneus, informação e conhecimento em redes virtuais, informação e histórias em quadrinhos.

CULTURA EM RECORTE
Primeiro número dessa revista pernambucana sobre museologia e ação cultural.

JOURNAL OF INFORMATION ARCHITECTURE
Divulgado nesse blog anteriormente, essa publicação sobre arquitetura de informação foi recém-lançada em maio de 2009 pelo Information Architecture Institute.

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&source=hp&q=novidades+em+biblioteconomia&meta=&aq=f&oq=

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Festa do livro

3 - Web Librarian

Festa do Livro da USP – Edição 2009 - Nos dias 25, 26 e 27 de novembro, acontecerá a 11ª edição da Festa do Livro da Universidade de São Paulo no grande saguão do prédio de Geografia e História... http://biblioteconomiaamil.blogspot.com

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Professor monta biblioteca em carrinho de supermercado no interior de SP

Iniciativa foi feita em Ipiguá, cidade que não tinha biblioteca.
Alunos passam de porta em porta para emprestar os livros.
Do G1, com informações do Antena Paulista

Um professor de Ipiguá, a 457 km de São Paulo, desenvolveu uma forma criativa de estimular as pessoas a ler no município. A cidade de 3,9 mil moradores não tinha nenhuma biblioteca. A solução foi levar os livros às casas dos moradores em um carrinho de supermercado.

A realidade de Ipiguá é a mesma de 840 municípios do país. Mas o professor José Roberto da Silva achou que poderia mudar um pedaço desse quadro. Primeiro, organizou uma gincana na escola, com a tarefa de arrecadar livros usados. “Nós arrecadamos 1.036, e dividimos em infantil, infanto-juvenil, adulto e gibis”, conta o professor.

Depois, foi só contar com a ajuda de um grupo de alunos, arrumar um carrinho de supermercado e estava criada a biblioteca ambulante, que percorre a cidade em busca de novos leitores. A chance de poder emprestar um livro na porta de casa é um incentivo a mais para a leitura. Em dois meses de trabalho, o grupo já vê os resultados: foram emprestados quase 300 livros.
De porta em porta, uma das alunas faz a propaganda, explicando que o grupo passa na casa depois de 15 dias para buscar os livros. Empurrar o carrinho é tarefa para o estudante Daniel Vargas, o maior da turma. “Anda, cansa um pouco, a gente tem hora que para um pouquinho para descansar. Mas vale a pena”, afirma.

As fichas são organizadas, e trazem uma oportunidade para quem gosta de ler. “Às vezes eu estou triste, daí abro os meus livrinhos e muda tudo. Já saio, vou tomar um cafezinho”, conta a aposentada Luzia dos Santos.

Quem não lê há muito tempo também retoma o hábito, e quem está começando a ler já começa com o pé direito. Na calçada mesmo, um menino se encanta com as figuras do livro. “É um ótimo começo, ele está a prendendo a ver, a identificar as figuras, logo as palavras, e vai pegar gosto pela leitura”, conta o pai da criança.

O menino Lucas, de 8 anos, é o campeão da leitura. Em 15 dias, leu 16 livros. “Você não fica aquele menino que não sabe nada, você fica aquele menino que sabe tudo já, que lê, que sabe escrever”.

Fonte: http://www.portalbibliotecario.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=635&Itemid=49

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Robôs substituirão bibliotecários britânicos


LONDRES - A Biblioteca Nacional do Reino Unido vai remanejar parte de seu acervo em um novo prédio, onde a responsabilidade pelo armazenamento e coleta de sete milhões de itens passará de um bibliotecário a uma grua robotizada.


O centro climatizado de 30 milhões de libras na cidade de Boston Spa, no norte da Inglaterra, vai abrigar o equivalente a 262 quilômetros de estantes, em um tipo de armazenamento de alta-densidade que normalmente é usado mais por varejistas do que por livrarias
O diretor de finanças e serviços corporativos da biblioteca, Steve Morris, afirmou que os livros serão armazenados em contêineres, que serão empilhados seguindo um algoritmo que calcula a demanda por certos títulos.


"As gruas, na verdade, são a única parte da organização agora que saberão onde está o material", disse Morris.


"Ao longo do tempo, com o material sendo acessado, o sistema irá lembrar quais livros são mais pesquisados e irá guardar esses livros na frente no prédio, para que sejam acessados mais facilmente", explicou.
Já livros que são raramente procurados eventualmente ficarão no fundo do prédio.

Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/ti/robos-substituirao-bibliotecarios-britanicos-25112009-6.shl

Millôr reclama direitos de acervo virtual de Veja

Millôr reclama direitos de acervo virtual de VejaPor Fabiana SchiavonA dúvida sobre os direitos do autor sobre uma obra disponibilizada na internet é uma discussão contratual e não debate sobre direito a informação nem sobre direito autoral. Essa é a visão de especialistas em imprensa e internet sobre a ação do jornalista, humorista e cartunista Millôr Fernandes contra a revista Veja. Ele pede na Justiça seus direitos pela exposição de sua obra na biblioteca virtual da revista lançada pela editora Abril, com patrocínio do Bradesco.

Por meio de seu advogado, Millôr pede indenização de R$ 500 mil para a Editora Abril e para o banco Bradesco. Colaborador da Veja em dois períodos, de 68 a 82 e 2004 a 2009, o jornalista alega que fechou contrato para publicar suas criações nas edições da Veja naqueles períodos. Na primeira fase, a internet ainda era ficção cientifica e o contrato não faz referência a ela. O contrato mais recente, contudo, preve a publicação do trabalho de Millôr na versão on-line da revista. Millôr reclama a suposta parte que lhe toca depois que a revista decidiu colocar Veja Acervo Digital com todas as edições da revista à disposição dos internautas gratuitamente e, segundo a ação, com “ampla propaganda do banco Bradesco”.

Para o advogado e professor da Direito GV, Marcel Leonardi, Millôr está juridicamente correto em reivindicar direitos autorais, por entender que trata-se de uma republicação em outro tipo de mídia, não prevista no contrato original. Mas socialmente, a Veja também está certa por disponibilizar informação de interesse público na internet. O caso, a seu ver, não deve ser analisado do ponto de vista do direito à informação. “O direito autoral é sempre interpretado de forma restritiva. Se foi previsto em contrato que a criação só poderia ser reproduzida na revista, não dá para entender que a autorização foi perpétua. É uma nova mídia sendo utilizada”. Segundo Leonardi, as leis do Direito Autoral resguardam toda a criação que é publicada em uma nova mídia.

Millôr alega que a editora faturou com a obra, já que o Bradesco fez intensa propaganda com os atores globais Wagner Moura e Tais Araujo falando do patrocínio. Na ação, ele faz uma bem humorada defesa de sua tese, de sua obra e de sua biografia. Nela diz que mais grave do que a revista publicar sua obra sem autorização é o Bradesco pagar "só" R$ 3 milhões para isso. questionando se o banco, ao patrocinar a biblioteca virtual da revista teria consciência de que havia se apropriado de “toda minha produção plástica e jornalística, meu trabalho na revista Veja (19 anos de produção, 1976 páginas) para publicidade internética de seu nome e produtos”.

Ele afirmou se sentir ofendido pela marca ter se apropriado de 40 anos de história da revista por apenas R$3 milhões – valor do patrocínio e reclama: “ Jamais pensei que eu valesse tão pouco. Mas é apenas natural que o Grupo Bradesco, acostumado ao extraordinário nível cultural e artístico de seu programa na televisão, o Domingão do Faustão, me desconheça”.

Para confirmar seus dizeres, o jornalista incluiu na ação seu extenso currículo desde seu primeiro desenho publicado aos 10 anos de idade, passando por furos jornalísticos, experiências nos anos de chumbo, viagens e cursos de computação, ele também se autointitula “homem civilizado” que nada tem “contra o sistema bancário moderno”.

Segundos os advogados especializados em imprensa e internet esse processo levanta uma nova discussão sobre contratos, mas no caso específico, o direito de informar não deve ser levado em conta. O que vale é o que foi previsto entre as partes. Discussões contratuais à parte, a polêmica que se cria com este caso é que a Veja está colaborando com a preservação da história. “Imagino que a intenção do cartunista não é inviabilizar o portal, porque suas próprias criações fazem um histórico do Brasil, ele apenas deve estar exigindo seus direitos como criador”, opina Leonardi. De acordo com o advogado, já há contratos mesmo de 10 anos atrás que proíbem ou liberam a reprodução de uma obra a qualquer tipo de mídia “que vier a existir”.

A questão é que a velocidade em que essas novas mídias surgem estão demandando contratos mais detalhados ou até uma lei mais flexível, que abra espaço para o direito à informação. “Hoje, as bibliotecas já mantém um acervo impresso da revista. A diferença está na mídia que está sendo utilizada. Se há o uso de novas mídias, há direitos”. Outra questão, não prevista em leis feitas antes do advento da rede mundial de computadores, é saber se a exposição na internet do acervo digitalizado da revista originalmente feita em papel corresponde a uma nova publicação. Ou se o acervo digital não se assemelha ao acervo físico da revista disponível numa biblioteca tradicional.

A advogada Ana Luísa Rabelo Pereira, do escritório Caldas Pereira Advogados e Consultores Associados, concorda com Leonardi. “Nesse caso, deve ser levada em conta a discussão entre as partes. O objeto da decisão é a relação civil. Não tem repercussão no direito à informação”, afirma. Ela acredita que se a causa for ganha, novos processos devem surgir, mas cada caso será um caso, visto que a discussão deve partir do contrato que foi fechado.

Segundo Millôr, seu advogado tentou resolver o conflito com o banco por meio de um diálogo com o Bradesco, mas não teve sucesso. “Concluímos que a apropriação e a negação a qualquer explicação para isso só era possível porque os mentores do Grupo Bradesco supunham que o cidadão Millôr era um da Silva qualquer — o anonimato assinado”. Para confirmar seus dizeres, o jornalista incluiu na ação seu extenso currículo desde seu primeiro desenho publicado aos 10 anos de idade, passando por furos jornalísticos, experiências nos anos de chumbo, viagens e cursos de computação, ele também se autointitula “homem civilizado” que nada tem “contra o sistema bancário moderno”.

Os processos ganhos contra veículos de imprensa ganhos também fazem parte de sua trajetória. Em 1967 foram R$ 100 mil contra a revista O Cruzeiro. Processou também a TV Globo por plágio da tradução de The Play Boy of the Western World, peça do início do Século XX, do irlandês John Synge, segundo ele, "quase impossível de traduzir". A Justiça determinou que a emissora se retratasse em horário nobre.

Fonte: http://www.conjur.com.br/2009-nov-25/millor-reclama-direitos-autorais-biblioteca-virtual-revista-veja